Ano Letivo 2011/12

03-06-2013 15:33

O início das atividades do Plano do Plano Nacional de Leitura efetuou-se com a inscrição da escola à candidatura das verbas destinadas à aquisição de mais livros para enriquecimento do corpus de leitura da biblioteca do agrupamento, à semelhança dos anos anteriores.

Seguidamente, procedeu-se à calendarização das atividades a desenvolver pelo PNL, juntamente com as parcerias e articulações previsíveis com os diferentes departamentos, ciclos e Becre.

Como primeira atividade, confirmou-se a manutenção dos 45 minutos semanais, destinados à leitura, em sede de sala de aula, a aplicar tanto ao 2º como ao 3º ciclos, com repercussões diretas na avaliação dos alunos, mediante o registo da avaliação da apresentação do reconto e de passagens de leitura, por parte de cada aluno, perante a turma, numa duração de dez minutos. Para o efeito, o departamento de línguas determinou que o número de obras a apresentar por cada aluno, ao longo do ano, seria de cinco, sendo de duas para cada um dos dois primeiros períodos e uma para o terceiro. Neste âmbito, foram solicitadas, aos diferentes departamentos, indicações de sugestões de leituras, intrínsecas a cada uma das áreas, sendo sugeridas, pelo PNL, a título de exemplo, biografias, documentários, obras de investigação científica, romances e etc., para serem efetuadas, nas diferentes turmas, pelos alunos e professores de Língua Portuguesa. Para a aquisição de novos títulos, elaborou-se uma grelha, na qual, ao longo do ano, foi-se anotando os pedidos de obras inexistentes na biblioteca. Desta forma, disponibilizaremos de informação mais precisa sobre as obras que não dispomos, para podermos elaborar listas de aquisição de novas obras, com mais pertinência.

Durante o mês de outubro iniciou-se o arranque do Concurso Nacional de Leitura, com a determinação, em sede de departamento, da data de entrega dos concorrentes, 30/11/2011, no número de apenas um, por turma. Este ano, introduziram-se algumas alterações, emanadas da direção interconcelhia da RBE, que sugeriu as obras para a fase da pré-seleção, a decorrer ainda dentro das turmas: 7ºano- História de uma Gaivota e do Gato que a ensinou a voar de Luís Sepúlveda; 8ºano- Diário Cruzado de João e Joana de Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada e 9ºano- O rapaz de pijama às riscas de John Boyne.

Escolheram-se ainda as obras que seriam objeto de leitura para Final, que selecionou os três representes desta escola para a fase distrital: 7ºano- O Planeta Branco de Miguel Sousa Tavares; 8ºano- A Lua de Joana de Maria Teresa Maia Gonzalez e 9ºano- Diário de Sofia & C.ª de Luísa Ducla Soares.

O formato desta final consistiu numa prova pública de leitura de um excerto, com o tamanho aproximado de uma página, seguida de uma questão sobre a obra em causa, colocada por um elemento do júri, previamente definido, à qual o aluno deveria responder num intervalo de tempo aproximado de um minuto.

Para avaliação dos concorrentes, constituiu-se um júri de cinco elementos, formado por: Mário Rodrigues, diretor do agrupamento; Teresa Portal, subdiretora; Teresa Castelo, diretora da biblioteca; Martinho Afonso, coordenador do departamento de línguas; e Esperança Marques, representante da associação de pais.

Este júri, tendo por base uma grelha com cinco parâmetros, que observavam o desempenho dos concorrentes a nível da leitura e da compreensão/expressão, ia atribuindo as suas pontuações, à medida que ouvia cada concorrente dos diferentes níveis. No final, ficaram apurados como vencedores, os alunos: Sara João Oliveira Matos Freitas, do 7º ano (à direita, na foto); Carlota Margarida Ferreira Afonso, do 8º ano; e João Manuel Capela Araújo Ribeiro, do 9º ano. Esta final registou a presença de um público atento, constituído essencialmente por alunos, encarregados de educação e professores, que preencheu, na totalidade, os lugares disponíveis para a assistência e contou com o contributo musical do saxofonista e professor Ângelo Freitas, apoiado na mesa de som pelo professor José Maria.

Conhecidos os resultados, procedeu-se à inscrição da escola na fase distrital, completando-se o formulário, que já estava quase todo preenchido, pois apenas faltavam os nomes dos vencedores, para que o mesmo pudesse ser submetido.

Para além da participação no CNL, decidimos ainda promover e implementar a participação no concurso “Eu conto!”, tendo-se recorrido à disciplina do PNL da nossa plataforma moodle para divulgar o respetivo regulamento aos professores, alunos e encarregados de educação, para que os interessados pudessem concorrer com a ajuda dos respetivos professores de língua portuguesa, os quais orientaram os trabalhos dos seus alunos e fizeram-nos chegar ao coordenador do PNL, para se proceder à seleção dos vencedores e ao registo dos mesmos on-line. Escolhido o júri, constituído por quatro professores, procedeu-se à avaliação e classificação dos quatro contos a concurso, vindo-se a verificar que o conto vencedor pertencia à aluna Eliana Oliveira do 7ºD, pelo que foi este o conto que foi registado on-line, no respetivo concurso. Por ter vencido esta fase, foi passado um diploma de vencedora e oferecido um livro de prémio a esta aluna.

A fase distrital do CNL iniciou-se, na segunda semana de janeiro, com o envio da lista dos representantes desta escola, assim como a lista dos livros selecionados na primeira fase, para a direção central do CNL, conforme fora referido anteriormente. Mais tarde, foram divulgadas as bibliotecas públicas, que iriam acolher a realização desta segunda fase do concurso e que, no que se refere ao distrito de Braga, foi da responsabilidade da Biblioteca Lúcio Craveiro da Silva.

Entretanto, houve vários contactos entre a nossa escola e a referida biblioteca, e vice-versa, no sentido de transmitir informações sobre a data, hora, local, tipologia da prova e livros selecionados para preparação da prova.

Procedeu-se ainda à confirmação da inscrição dos nossos concorrentes na fase distrital, registando-se que tudo estava correto. De imediato, passou-se à aquisição de três exemplares de cada título indicado para a preparação da prova da referida fase distrital, sendo eles: “O livro misterioso” de Margarida Fonseca Santos; e “A montanha de água lilás: fábula para todas as idades” de Pepetela.

No dia 23 de abril, pelas12.30 horas, os nossos três concorrentes, acompanhados da professora Rosa Fernandes e da encarregada de educação, mãe da concorrente Carlota Afonso, saíram da escola, no autocarro contratado para o efeito, por um grupo de escolas do conselho de Guimarães.

Chegados à BLCS, onde decorreu a fase distrital, participaram no programa previsto, realizando a prova escrita, com a qual se ficou a saber que os nossos concorrentes não passaram à prova oral e à fase nacional, apesar de afirmarem que a prova lhes correu bem.

À semelhança do ano anterior, deu-se arranque à iniciativa do Departamento de Línguas “Substituir a Ler”, que consistia em preencher as aulas de substituição com leitura orientada pelos docentes, a partir de um corpus de leitura previamente selecionado, dentro de cada turma. Cada docente de LP entregou a respetiva lista de obras selecionadas ao coordenador deste departamento. Neste capítulo, refira-se ainda a iniciativa da leitura orientada, desenvolvida por todos os docentes de LP2 e LP3, em sede de sala de aula, no âmbito dos 45 minutos semanais, já referidos, a qual foi apreciada pelos alunos, particularmente, quando a obra em causa era dominada pelo docente e este entrava em debate com os alunos.

A “Semana da Leitura” foi agendada para a semana de 19 a 22 de abril, fundamentalmente, pelo facto dos alunos já terem feito as fichas de avaliação, preocupações tidas em conta, aquando da elaboração da planificação desta atividade.

O programa da “Semana da Leitura” contemplou as seguintes atividades: 2ª feira, 19 de março, “Ler mais e melhor”; 10.05h – Concurso de leitura expressiva (7º ano); “Conto Tradicional”; “Once upon a time”; solidariedade e cooperação; 3ª feira, 20 de março, “Ler mais e melhor”; 10.05h – Concurso de leitura expressiva (8º ano) – Poesia; “Once upon a time”; 4ª feira, 21 de março, “Ler mais e melhor”; 10.05h - Concurso de leitura expressiva (9ºano) - Excertos dos Lusíadas; 5ª feira, 22 de março, “Ler mais e melhor”; “Palavras Andarilhas”; 6ª feira, 23 de março; “Primavera Florida”; atividade de Solidariedade e Cooperação;

A implementação destas iniciativas teve em conta os seguintes objetivos: criação de diferentes atividades suscetíveis de incrementar uma dinâmica de reforço à leitura, à dramatização e combate à iliteracia: levar a leitura e a dramatização à sala de aula; promover um desempenho melhorado ao nível da competitividade da leitura expressiva; conjugar a dramatização de textos de diferentes línguas; proporcionar momentos de leitura expressiva e dramatização à comunidade escolar.

A atividade de leitura, “Vamos Ler melhor”, que se estendia a todas as aulas, de segunda a quinta, e que era aplicada por todos os docentes, nos dez minutos iniciais de cada disciplina; concursos de leitura expressiva, do 7º, 8º e 9º anos; atividades mais específicas, orientadas pelos diferentes grupos de línguas como: “Once apon a time”, sendo da iniciativa do grupo de Inglês; “Palavras andarilhas”, que decorreu na quinta-feira e que contou com a colaboração dos grupos de Língua Portuguesa, Inglesa e Francesa. Esta atividade contou com o entusiasmo e adesão dos alunos, que participaram com quantidade e qualidade bastante apreciável. À semelhança dos anos anteriores, o grupo dos andarilhos, que incarnaram a imagem de diferentes autores e personagens nacionais e estrangeiros, acompanhados do coordenador do PNL e outros professores, percorreram as salas de aulas, a sala de professores, a biblioteca, os serviços administrativos, o polivalente e a direção da escola, lendo, declamando e dramatizando poemas e excertos de obras desses autores. À medida que o grupo ia passando pelos locais referidos ia sendo brindado com elogios e a direção da escola além do proferir um expressivo elogio, pela voz do seu diretor, ainda agraciou os participantes, oferecendo um chocolate a cada um.

Realçando esta atividade, transcrevo parte dum artigo da edição on-line do ”Pequeno Jornalista”: “No dia 21 de março, os “Poetas Andarilhos” vaguearam pela escola, de turma em turma, passando pela sala dos professores, secretaria, direção, apresentando-se enquanto poetas-escritores ou personagens conhecidas (como o Tintin de Hergé, o Petit Prince de Saint-Éxupery ou a Inês de Castro dos Lusíadas de Camões, a Alcoviteira ou o Parvo do Auto da Barca do Inferno de Gil Vicente) e declamando, lendo um excerto de uma das suas obras ou declamando/ lendo uma das suas poesias. Este ano, as intervenções em francês ficaram-se pelas personagens já mencionadas. Muitos alunos falaram na língua de Shakespeare e leram excertos ou declamaram J.K.Rawling, Margaret Ann Johnson, Lewis Carroll, Jane Austen…
Dos escritores-poetas portugueses há a realçar: Sebastião da Gama, Fernando Pessoa, Florbela Espanca, Miguel Torga,...”

No dia 23 de março, comemorou-se o “Dia Mundial do Livro e dos Direitos de Autor” com a elaboração de um PPT que contemplava uma página biográfica por cada autor, de entre os mais conhecidos, em termos nacionais e estrangeiros. Estas páginas, que funcionavam como uma espécie de cartões de identidade dos autores, foram concebidas pelos alunos do 3º ciclo, sob orientação dos respetivos professores de Língua Portuguesa.

Neste PPT, fez-se ainda referência aos ícones e respetivos significados sobre a reserva dos direitos de autor, a cópia ilegal e a marca registada.

Como música de fundo, difundiram-se poemas de Fernando Pessoa musicados por diversos autores e sob a forma de diversos géneros musicais

Este PPT esteve em exibição, durante todo o dia, no polivalente e sala de trabalho de professores e ainda na biblioteca, durante a manhã.

No dia 22 de maio, assinalamos o “ Dia do Autor Português” com uma exposição de perfis biográficos, de autores portugueses, elaborados pelos alunos, em formato de PPT, rentabilizando, assim, parte dos que já haviam sido concebidos, para o “dia mundial do livro e dos direitos de autor”. Para complementar esta atividade, preparou-se uma exposição oral, de perfis biográficos, na primeira pessoa, em que cada aluno apresentava um autor, lendo o respetivo perfil e exibindo uma fotografia do mesmo autor, em formato A4, no verso do texto. Estes perfis, foram articulados por encadeamento, numa estrutura textual, de forma a conseguir-se unidade textual, terminando-se o mesmo com uma réplica do mote camoniano “descalça vai para a fonte”, mas desta vez relacionado com uma visita à biblioteca, dirigida a professores e alunos.

Esta atividade deve repetir-se nos próximos anos, dando continuidade ao trabalho já produzido, de forma a rentabilizá-lo e alargá-lo, pelo que a parte já produzida ficará arquivada, com esse objetivo.