Ano Letivo de 2009/10

03-06-2013 15:29

Ano de 2009/10

A abertura do Plano do Plano Nacional de Leitura iniciou-se com a inscrição do 3º ciclo à candidatura das verbas destinadas à aquisição de mais livros para enriquecimento do corpus de leitura da biblioteca do agrupamento.

Seguiu-se a calendarização das atividades a desenvolver pelo PNL, juntamente com as parcerias e articulações previsíveis, quer com os diferentes departamentos, quer com a Becre.

Como primeira atividade coordenada pelo PNL, confirmou-se a manutenção dos 45 minutos semanais, destinados à leitura, em sede de sala de aula, a aplicar tanto ao 2º como ao 3º ciclos, com repercussões diretas na avaliação dos alunos, mediante o registo da avaliação da apresentação do reconto e de passagens de leitura, por parte de cada aluno, perante a turma. Neste âmbito, foram solicitadas, aos diferentes departamentos, indicações de sugestões de leituras, intrínsecas a cada uma das áreas, sendo sugeridas, pelo PNL, a título de exemplo, biografias, documentários, obras de investigação científica, romances e etc., para serem efetuadas, nas diferentes turmas, pelos alunos e professores de Língua Portuguesa. Esta atividade mereceu o aplauso imediato do director da escola.

No dia 13 de outubro, arrancou-se com o Concurso Nacional de Leitura, altura em que foi divulgado o calendário nacional e definido o calendário interno, para a consecução da primeira fase do concurso, a nível da escola. Nesta mesma altura, iniciou-se a pré-seleção dos candidatos das diferentes turmas, que passariam à fase da prova escrita. Neste contexto, determinou-se o dia 30 de novembro, como prazo limite, para a indicação, ao coordenador do PNL, dos referidos selecionados.

Entretanto, todos os professores de Língua Portuguesa foram envolvidos na indicação e seleção de obras, para leitura autónoma dos alunos, assim como para a seleção de cinco obras a enviar às bibliotecas distritais, das quais, duas destinar-se-iam para realização da prova escrita a realizar na escola, a qual foi marcada para o dia 5 de janeiro, com a intenção de permitir aos alunos uma melhor preparação, ao poderem dispor do tempo de interrupção de aulas, na época do Natal, para leitura autónoma. As obras “A Terra do Anjo Azul” de António Mota e “O Priorado do Cifrão” de João Aguiar foram escolhidas pelo Departamento de Línguas, para constituírem o corpus de leitura, que seria objeto de análise da prova escrita a aplicar aos candidatos. Neste contexto, a escola adquiriu doze exemplares de cada uma destas obras, fazendo, deste modo, aplicação de parte dos 1600 euros atribuídos pelo PNL, para que os alunos pudessem requisitá-las e assim desenvolvessem a sua leitura, sem terem que os adquirir. Seguiram-se os preparativos para a elaboração das referidas provas escritas, sendo selecionados professores, para o efeito, de entre aqueles que não lecionassem nas turmas dos concorrentes.

À semelhança dos anos anteriores, a prova escrita teve o peso de 50%, sendo a restante percentagem atribuída à prova de leitura, realizada nessa mesma final. Corrigidas as provas pelos professores que as elaboraram, e registe-se aqui o trabalho meritório e voluntário dos professores Nair Ferreira e Martinho Afonso- Conhecidos os finalistas, fez-se a sua divulgação tanto na disciplina do PNL, na Plataforma Moodle, como em diferentes espaços físicos da escola.

No dia 8 de janeiro, pelas 21 horas, depois da devida divulgação e preparação, realizou-se a final, na biblioteca desta escola, contando-se com a presença de todos os finalistas, de um júri constituído por cinco elementos, de um escritor convidado, Pedro Seromenho Rocha, e de uma assistência constituída por alunos e seus familiares, professores e público em geral. A apresentação do concurso foi da responsabilidade do coordenador do PNL, auxiliado por seis alunos, selecionados para o efeito e ainda dois outros alunos, que prestaram assessoria na área das TIC. A finalíssima foi constituída por uma prova de leitura, com duração de dois minutos, a partir de uma passagem retirada dos livros selecionados, em Departamento de Línguas, para esta fase, seguindo-se uma ordem previamente sorteada, na presença dos concorrentes. No final da prova, enquanto o júri se reunia, com os resultados parciais registados em grelhas, que contemplavam vários parâmetros de observação do desempenha da leitura, para apurar os três vencedores, que representaram esta escola na fase distrital, o escritor Pedro Seromenho Rocha procedeu à apresentação das suas obras, à semelhança do ano passado, e executou “in loco” um desenho sobre os “900 anos de D. Afonso Henriques”, para oferecer à escola. Esta final terminou com a entrega de diplomas de participação e livros do escritor convidado, para os vencedores.

A fase distrital do CNL iniciou-se, na segunda semana de janeiro, com o envio da lista dos representantes desta escola, assim como a lista dos livros selecionados na primeira fase, para a direção central do CNL. A 29 de janeiro, foram divulgadas as bibliotecas públicas, que iriam acolher a realização desta segunda fase do concurso e que, no que se refere ao distrito de Braga, foi da responsabilidade da biblioteca Municipal de Vieira do Minho.

No dia da realização da prova, as representantes da nossa escola foram transportadas, na ida e volta, por familiares, tal como havia sido previamente determinado pelas mesmas, com confirmação dos respetivos familiares e com conhecimento do coordenador do PNL.

A 8 de março, deu-se arranque à iniciativa do Departamento de Línguas “Substituir a Ler”, que consistiu em preencher as aulas de substituição com leitura orientada pelos docentes, a partir de um corpus de leitura previamente selecionado, dentro de cada turma. Até ao dia 5 de março, cada docente de LP entregou a respetiva lista de obras selecionadas ao coordenador deste departamento. Neste capítulo, refira-se ainda a iniciativa da leitura orientada, desenvolvida por todos os docentes de LP2 e LP3, em sede de sala de aula, a qual foi apreciada pelos alunos, particularmente, quando a obra em causa era dominada pelo docente e este entrava em debate com os alunos.

A “Semana da Leitura” foi agendada para a última semana de aulas do 2º período, compreendida entre 22 e 26 de março, fundamentalmente, por duas razões: a primeira, pelo facto de se registarem, nesses dias, efemérides como “O Dia do Livro Português”, a 26; e o “Dia Mundial do Teatro”, a 27; a segunda razão deveu-se ao facto dos alunos, também por essa altura, já terem feito as fichas de avaliação, preocupações tidas em conta, aquando da elaboração da planificação desta atividade.

O programa da semana contemplava: uma atividade de leitura, “Vamos Ler+”, que se estendia a todas as aulas, de segunda a quinta, e que era aplicada por todos os docentes, nos dez minutos iniciais de cada disciplina; atividades mais específicas, orientadas pelos diferentes grupos de línguas como: “Once upon a time”, que decorreu na segunda-feira, sendo da iniciativa do grupo de Inglês; “Palavras Andarilhas”, que decorreu na terça-feira e que contou com a colaboração do grupo de Língua Portuguesa; os “Concursos de Leitura” do 7ºano, na segunda-feira, do 8º, na quarta-feira, e do 9º, na quinta-feira, também organizados por este grupo, em parceria com o PNL, a qual acolheu elogios, particularmente, pelo desempenho da leitura dos alunos do 8º ano, sendo, no final, entregues os diplomas aos vencedores de cada ano; o “Karaoke”, que também decorreu na quinta-feira, foi organizado conjuntamente pelos grupos de Francês e Espanhol; o dia de sexta-feira foi preenchido com o “Concurso de Tapetes e Mesas”, atividade com tradição nesta escola, ainda anterior ao PNL, que envolveu toda a escola e que encerrou o 2º período.

A 21 de maio, sexta-feira, véspera do “Dia do Autor Português”, reeditou-se a atividade “Palavras Andarilhas”, levadas à comunidade, na sequência de uma sugestão do diretor do agrupamento, aquando da primeira edição, na semana da leitura. Nessa saída, visitaram-se, a pedido dos professores e alunos envolvidos, apenas três instituições: Biblioteca Pública das Taipas, Centro de Saúde e Centro de Dia. Como se tratava de uma atividade a realizar no domínio da surpresa, aconteceu que, nas duas instituições citadas em primeiro lugar, fizeram a representação. Na última, não puderam fazê-la, pois as crianças e educadores tinham saído para um espetáculo, o que levou a concluir que, atividades no domínio da surpresa, ou não devem ser levadas a cabo ou estão sujeitas, naturalmente, a este tipo de situações. Todavia, tratou-se de uma experiência que no final não pareceu tão desagradável, quanto se supunha parecer.

Ainda no âmbito do PNL, registe-se a atribuição de 1600 euros, em resultado da candidatura da escola a verbas para reforço de obras de leitura, tal como foi referido no parágrafo de abertura deste relatório, o que levou o Departamento de Línguas e o coordenador do PNL a elaborarem listas de obras a adquirir, após consulta aos diferentes departamentos disciplinares, no sentido de nos sugerirem títulos enquadrados com unidades temáticas que os mesmos desenvolvem ao longo do ano letivo, de forma proporcional pelos três ciclos, privilegiando-se sempre os escritores de Língua Portuguesa, tendo por base a listagem do PNL, e desenvolvendo-se, desta forma, uma parceria com os departamentos e a biblioteca, tal como aconteceu, ao longo do ano, noutras atividades, como nos convites dirigidos a escritores e na atividade sobre escritores que em tempos idos passaram pelas Caldas das Taipas, através da elaboração de biografias e pesquisas. Ainda neste âmbito, refira-se que as sessões camilianas, dirigidas pela escritora Maria Eduarda Valente, embora fossem da responsabilidade do grupo de LP3, também envolveu o coordenador do PNL e a atividade ficou registada, a qual decorreu muito bem, tanto na perceção dos professores como dos alunos participantes.