Programa Educação para a Saúde
O atual quadro normativo torna obrigatória a inclusão da Promoção para a Saúde como área de formação global do indivíduo, no Projeto Educativo, na vivência de um currículo aberto, trabalhado na escola, quer nas áreas curriculares disciplinares quer nas atividades constantes das áreas curriculares não disciplinares e de atividades de enriquecimento curricular, ultimamente a partir de 2012/13, na área de Oferta Complementar.
O conhecimento atual de educação para a saúde tem subjacente a ideia de que a informação permite identificar comportamentos de risco, reconhecer o benefício dos comportamentos adequados e suscitar comportamentos de prevenção. A educação para a saúde tem como objetivos centrais a informação e a consciencialização de cada pessoa acerca da sua própria saúde e a aquisição de competências que a habilita para uma progressiva autorresponsabilização. Assim o Governo, através do Despacho nº 25995/2005 (2º série) de 16 de Dezembro, determinou a obrigatoriedade das escolas incluírem no seu projeto educativo a área de Educação Para a Saúde, combinando a transversalidade disciplinar com inclusão temática na área curricular não disciplinar; e do despacho nº 12045/2006 de 7 de junho que aprova o programa nacional de Saúde escolar, considerando obrigatório em todos os estabelecimentos de ensino com integração no Projeto Educativo do Agrupamento.
Na sequência e reconhecimento de que a educação sexual é uma das dimensões da educação para a saúde, a Assembleia da República fez aprovar em 2009 através da Lei nº60/2009 de 6 de Agosto, um conjunto de princípios e regras, em matéria de educação sexual, prevendo, desde logo, a organização funcional da educação sexual em meio escolar. Esta lei veio a ser regulamentada pela portaria nº196A/2010 de 9 de Abril.
Assim sendo, a Educação para a Saúde, no nosso agrupamento, a partir de 2005 tem sido feita a partir de uma implementação de programas e projetos, pois, a Promoção e Educação para a Saúde não se restringe a um currículo específico, mas sim como fazendo parte de um programa global da escola. Na verdade, a maior importância deste conceito reside no conhecimento de que o efeito daquilo que se aprende no currículo de educação para a saúde pode ser grandemente reforçado pelo interesse e apoio demonstrado pela escola, pela família e pela comunidade. Sendo assim se não se encarar o que é ensinado na aula como sustentado pelos valores e práticas da escola, do lar e da comunidade, então o seu conteúdo chegará enfraquecido aos ouvidos dos jovens. Como queremos levar a sério o conceito de escola promotora de saúde há que prestar maior atenção ao modo de apoiar e reforçar o que se ensina e discute na sala de aula.
Uma escola promotora de saúde é aquela que garante a todas as crianças e jovens que a frequentam a oportunidade de adquirirem competências pessoais e sociais que os ajudem a fazer opções e a tomar decisões adequadas à sua saúde, ao bem-estar físico, social e mental. Para isso a nossa escola achou que eram indispensáveis parcerias, contactos e experiências com o meio circundante que permitirão uma aproximação à comunidade extraescolar, não sendo só os alunos e os professores os intervenientes mas também os pais, autarcas, entidades de saúde, económicas, sociais e culturais da região.
A Promoção da Educação Para a Saúde do Agrupamento de escolas das Taipas pretende cumprir as seguintes metas: Promover atitudes, valores e hábitos alimentares saudáveis; Conhecer e posicionar-se face às dependências; Promover a Educação Sexual; Promover hábitos de higiene; Promover hábitos de atividade física; Respeitar e preservar o ambiente e desenvolver atitudes ecológicas. Promover o intercâmbio Escola - Comunidade; Elaborar projetos de intervenção com reflexo e interação comunitária estabelecendo parcerias com entidades e instituições da comunidade como uma mais-valia para o sucesso educativo; Estimular a participação dos pais/ encarregados de educação no processo educativo dos seus educandos e na vida da escola, propostas no Projeto Educativo. Pretende também oferecer aos alunos oportunidades de aprendizagem para aquisição de conhecimentos e competências sociais que promovam a saúde individual e comunitária, proporcionando a cada aluno atingir um equilíbrio emocional, mental, social, físico e cultural. Daí que as áreas de intervenção no Pré-escolar, no 1º,2º e 3ºciclo são: alimentação/ atividade física/ saúde oral/ higiene; consumo de substâncias psicoativas; sexualidade; infeções sexualmente transmissíveis, designadamente VIH - Sida e ambiente e saúde.
Conforme a turma, as metodologias utilizadas ao longo destes anos obedeceram a critérios diversificados: metodologias expositivas, trabalho independente (pesquisa, fichas de trabalho, fichas de autocorreção,...), trabalho de grupo ( com participação de de alguns trabalho em concursos nacionais), pedagogia de contrato, metodologia de resolução de problemas, concretização de webquests, mini-quests, caça ao tesouro, etc. consoante a organização dos espaços, os ritmos, a diversidade dos alunos, das aprendizagens e dos resultados obtidos. Sempre que possível, recorreu-se à promoção de práticas de reflexão decorrentes do trabalho curricular - assembleias de alunos, debates, brainstormings,…
Foram ainda encetados os seguintes procedimentos: -Criação do gabinete do aluno; Inclusão curricular das temáticas das áreas intervenção prioritárias; Formação de professores; Formação de assistentes operacionais; Diagnóstico de situação em relação às várias temáticas; Sessões de esclarecimento a encarregados de educação; Comemoração de dias temáticos com relevância para a educação para a saúde; Debates interpares; Realização de atividades abertas à comunidade no âmbito da educação para a saúde.